Contexto histórico, autores e obras do Realismo
Por volta da década de 1870, o Partido Republicano organizou-se no Brasil, ao mesmo tempo em que as oligarquias cafeeiras passaram a incorporar um discurso em favor da industrialização e da modernização do país. Tal posicionamento estava em consonância com as leis abolicionistas que favoreceram a substituição da mão de obra escrava pelo imigrante europeu. Em 1889, a Proclamação da República acabou com a Monarquia, mas a ascensão do Exército ao poder não atendia às ambições das elites cafeeiras do Sudeste brasileiro. Nesse contexto, surge o Realismo, expondo, por meio de suas obras literárias, a crise do Império, os ideais abolicionistas e republicanos. Esse movimento apresentou ideias contrárias ao Romantismo, inspiradas principalmente no Positivismo, no Evolucionismo e na filosofia alemã, como o Objetivismo, o Determinismo, o Materialismo e o Cientificismo. O marco literário do Realismo se deu em 1881 com a publicação de duas obras: "O Mulato", de Aluísio de Azevedo, o primeiro romance naturalista; e "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, o primeiro romance realista da literatura brasileira.Romance Realista
Os romances realistas apresentam uma narrativa voltada para a análise psicológica e crítica da sociedade. Machado de Assis é o principal representante dessa fase. As principais obras são: Memórias Póstumas de Brás Cubas; Quincas Borba; Dom Casmurro; Esaú e Jacó; Memorial de Aires. Memórias Póstumas de Brás Cubas
Romance Naturalista
Os romances Naturalistas apresentam uma análise social a partir de grupos humanos marginalizados. Aluísio de Azevedo e Júlio Ribeiro são os principais representantes dessa fase, outro autor é Raul Pompéia, que apresenta características ora naturalista, ora realistas e ora impressionista. As obras desse período são: o Mulato; O Cortiço; Casa de Pensão; O Ateneu.Para ler algumas obras do Realismo e Naturalismo acesse o Leitura Online