A Cafeicultura no Norte

Desde 1862, grupos de colonos mineiros e paulistas penetravam no norte do Paraná pela região denominada Norte Velho. Nos vales do Paranapanema, do Cinzas e do Jataí, fundaram fazendas e criaram cidades. Foi nesse contexto que surgiram as cidades de Tomazina, Colônia Mineira (atual Siqueira Campos) e Jacarezinho, que viria a se tornar o centro da região em 1910.

Na década de 1920 outras áreas do Norte do Paraná passaram a ser povoadas. As terras foram planificadas e divididas em lotes agrícolas. Estrada de ferro foram construídas e fundaram-se cidades, sendo as mais importantes Londrina, fundada em 1931, e Maringá, fundada em 1947. A principal responsável pelo processo de colonização dessa área chamada de Norte Novo, foi a Paraná Plantations Limited, que, em consórcio com a Companhia de Terras do Norte do Paraná e com a Companhia Ferroviária São Paulo - Paraná, executou o plano de colonização das terras obtidas do Governo paranaense. (BALHANA; MACHADO; WESTPHALEN, 1968, p. 3).
“Intensa propaganda, acerca do Norte do Paraná e das condições da colonização, foi realizada pela Companhia, sobretudo através de folhetos e jornais de grande circulação, principalmente em São Paulo, com o objetivo de atrair colonos nacionais. A aquisição de lotes rurais era facilitada, em prestações, até quatro anos. Ao comprador era exigida a reserva de 10% de área florestal na propriedade adquirida. A Companhia prestava, ainda, transporte e assistência para a instalação inicial dos colonos”. (BALHANA; MACHADO; WESTPHALEN, 1968, p. 18)

"Mas além das terras da Companhia de Terras Norte do Paraná, o Governo do Estado, desde a década de 1930, numa acidentada ação contra grileiros e os intrusos, dividiu o seu imenso patrimônio de terras devolutas, na chamada região Norte Novíssimo, promovendo também a colonização pela venda de lotes agrícolas. A cidade de Paranavaí, a partir de 1944, polarizaria a região”. (BALHANA; MACHADO; WESTPHALEN, 1968, p. 3)