A Ocupação do Oeste e do Sudoeste
Companhias colonizadoras gaúchas no Paraná. “(...) desde as primeiras décadas do século XX formaram-se companhias de colonização, no Rio Grande do Sul, que adquiriram terras de mata, ainda não ocupadas, primeiro no Noroeste do próprio Rio Grande do Sul, ao longo do rio Uruguai, depois no Oeste catarinense e, em continuidade, no Sudoeste do Paraná. Planificaram a colonização dessas terras, e venderam os lotes agrícolas aos agricultores excedentes das velhas zonas colonias do Rio Grande do Sul. Desde, mais ou menos, 1900 a 1930, as matas foram desaparecendo com a formação da lavoura cereais e com a criação de suínos e com o aparecimento de cidades e municípios novos, no Rio Grande do Sul, no Oeste catarinense, e, depois no Sudoeste do Paraná. Na década de 1940, essa colonização ultrapassa o rio Iguaçu, entrando no Oeste paranaense, ao longo do rio Paraná, até encontrar, na altura de Campo Mourão, as frentes pioneiras dos agricultores da agricultura tropical, provenientes dos colonizadores da área paulista que, inversamente, vinham de Norte para Sul, em busca de terras para o café”. (BALHANA; MACHADO; WESTPHALEN, 1968, p. 6 e 7)“Na década de 1960, todo o Estado do Paraná está com seu território ocupado, desaparecendo as frentes pioneiras e os grandes problemas de terras. Encontram-se e começam a confundir-se as três ondas de povoamento, a do Paraná tradicional que se expandiu desde o século XVIII, de Paranaguá e Curitiba, pelas regiões de campo, com a criação de gado, a indústria da erva-mate e da madeira de pinho; a dos agricultores da agricultura tropical do café que, pelas origens e pelos interesses históricos, ficaram mais diretamente ligados a São Paulo; e dos colonos da agricultura de subsistência, plantadores de cereais e criadores de suínos que, pela origem e pelos interesses históricos, se ligaram mais intimamente ao Rio Grande do Sul. Cada uma dessas três ondas criou seu próprio tipo de economia, formou um tipo de sociedade e fundou suas próprias cidades” (BALHANA; MACHADO; WESTPHALEN, 1968, p.7 e 8)