Disciplina - História

O Maio de 1968 na França

O professor deverá distribuir aos alunos este pequeno conjunto de slogans, criados e reproduzidos em pichações de muros e em cartazes pelos insurgentes parisienses de maio de 1968, e pedir aos alunos que os leiam em voz alta:

É proibido proibir.
A obediência começa pela consciência.

A consciência pela desobediência.
Agressor não é quem se revolta, mas quem reprime.

O direito de viver não se mendiga, toma-se.

Trabalhadores de todos os países, divirtam-se!

Sob as calçadas, a praia.

A poesia está na rua.

Tomemos a revolução a sério, mas não nos levemos a sério.
Sejamos realistas, exijamos o impossível.

Um homem não é estúpido ou inteligente.
É livre ou não é.

A Humanidade só será feliz no dia em que o último capitalista for pendurado com as tripas do último burocrata.

É preciso matar o polícia que existe dentro de cada um de nós.

Se as eleições pudessem mudar o que quer que fosse, há muito teriam sido proibidas.

Falta de imaginação é não saber que ela falta.
A imaginação ao poder.


Este conjunto de slogans produzidos durante o maio de 1968, em Paris, encontra-se no seguinte link: http://www.pimentanegra.blogspot.com/2008/05/algumas-frases-e-slogans-do-maio-de-68.html. A leitura deste pequeno conjunto de slogans, produzidos durante os acontecimentos de maio de 1968, em Paris, tem por objetivo fornecer aos alunos um panorama das dimensões simbólicas e imaginárias que permeavam os insurgentes franceses de então. Nesse sentido, a atividade proposta para esta aula consiste no debate entre os estudantes, visando aprofundar o conhecimento acerca do conjunto de valores mobilizados pelos insurgentes franceses durante o maio de 1968 parisiense. Para tanto, propõe-se como atividade para esta aula que os alunos, após a leitura dos slogans, separados em dois grupos de cerca de 20 estudantes, debatam e redijam respostas às perguntas abaixo, a serem apresentadas oralmente para o resto da sala.

Para as atividades de debate, sugere-se o tempo de cerca de 15 minutos, restando cerca de dez minutos para a redação das respostas e os dez minutos finais para a apresentação oral. Visando propiciar uma maior interação entre os alunos de cada grupo, sugere-se que seja estimulado que todos façam parte da atividade de debate, dividindo-se, se acharem necessário, entre os responsáveis pela redação da resposta e os incumbidos de apresentá-la ao resto da sala. As respectivas perguntas aos Grupos 1 e 2 seguem abaixo.

Grupo 1:
- Qual o papel da imaginação para os insurgentes parisienses de maio de 1968? (Diferentemente da tradição revolucionária leninista, centrada em valores como a disciplina ou a seriedade como dever de militância revolucionária, a imaginação e a liberdade estética eram valores centrais para a sua ação revolucionária; em seus slogans, procuravam aliar a crítica ao cotidiano com as potencialidades a serem desenvolvidas pela liberdade dada ao imaginário em desenvolver novas formas de convívio e de subsistência em sua sociedade.).

Grupo 2: - De que forma era imaginada a ação revolucionária para os insurgentes de Paris, em maio de 1968? (Diferentemente das tradições revolucionárias ocidentais, que partiam da transformação das grandes estruturas da sociedade como componente primordial para a transformação dos homens, a radicalidade das propostas dos insurgentes parisienses partia da ideia de revolução iniciada pelo cotidiano a partir de gestos individuais e solidários de maneira horizontal, de modo a modificar não somente as estruturas políticas e econômicas, mas também as estruturas culturais e morais das sociedades modernas.)
Essa atividade foi extraída da aula O Maio de 1968 na França do professor Leonardo Souza de Araújo Miranda - Belo Horizonte/MG. Disponível no Portal do Professor/MEC. Acesso em: 12/07/2013. Todas as informações contidas nela são de responsabilidade do autor.
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