O Brasil na Segunda Guerra Mundial
Nome do Autor: Vanessa Maria Rodrigues ViacavaInstituição / Escola: Colégio Estadual Jayme Canet
Município / Estado: Curitiba- Paraná
Conteúdo: O Brasil na Segunda Guerra Mundial
Série: 8ª série - Ensino Fundamental
Introdução
Durante os anos da chamada "Era Vargas" (1930-1945) o presidente governou o Brasil em três momentos distintos, sendo eles definidos como "Governo Provisório" (1930-1934), "Governo Constitucional" (1934-1937) e "Estado Novo" (1937-1945). O terceiro momento do governo de Getúlio Vargas pode ser conceituado como uma ditadura, as liberdades individuais foram suprimidas por meio da censura e do controle dos meios de comunicação pelo DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda. Além do cerceamento à liberdade de imprensa, o governo de Vargas utilizava como mecanismo de propaganda ideológica o programa "A hora do Brasil" e obrigava os ambientes públicos a manterem os rádios ligados durante a transmissão.
A partir da historiografia especializada, o período do "Estado Novo" se aproximou política e ideologicamente aos regimes nazifascistas da Alemanha e da Itália. Sendo assim, como poderia o Brasil se aliar aos regimes democráticos durante a Segunda Guerra Mundial? Essa questão pode ser respondida graças aos compromissos econômicos brasileiros assumidos com os EUA durante os anos 1930. A dependência econômica impedia a associação de Vargas aos líderes Hitler e Mussolini. Dessa forma, o Brasil ingressou no segundo conflito mundial ao lado dos países aliados (EUA, Inglaterra e França) vencendo importantes batalhas com a FEB (Força Expedicionária Brasileira) e com a FAB (Força Aérea Brasileira).
Objetivo Geral
Possibilitar aos estudantes uma percepção visual dos eventos da Segunda Guerra Mundial.
Objetivos específicos
Propiciar ao discente a compreensão de como o historiador utiliza as fontes não escritas para escrever história.
Demonstrar a participação de brasileiros e paranaenses na Segunda Guerra Mundial.
Elencar as conexões entre história e monumento na construção de um saber sobre o passado.
Procedimentos metodológicos
Para possibilitar a compreensão visual sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial encaminhamos os estudantes ao Museu do Expedicionário. O museu foi criado em 1946 e abriga um grande acervo de objetos utilizados por soldados de diversas nacionalidades nas batalhas da guerra. No espaço do museu e na companhia da professora, os trinta alunos da oitava série percorreram os diversos setores e anotaram as explicações oferecidas pelos monitores. Todos os monitores são voluntários e estudam na Universidade Federal do Paraná. A visita durou cerca de três horas.
Relato
No dia seguinte à visita ao Museu do Expedicionário do Paraná, os educandos trouxeram as anotações realizadas e seu relatório devidamente preenchido. Esse relatório contava com três perguntas: "Explique quais foram os objetos que mais chamaram sua atenção e o porquê"; "Pergunte a dez pessoas se elas sabem que o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial"; "Pergunte a dez pessoas se elas conhecem e/ou já visitaram o Museu do Expedicionário".
Com suas tarefas prontas, a maioria dos estudantes da oitava série se mostrou admirado com a visita e levou, pelo menos, 15 minutos comentando a primeira pergunta do relatório. A segunda e a terceira perguntas foram respondidas de forma sucinta e com poucas observações. Ficou nítido o interesse dos alunos pelos objetos vistos, mas até que ponto eles compreenderam a importância dos vestígios para a produção do conhecimento histórico? Teriam os discentes feito a conexão entre o conteúdo trabalhado em sala e a observação das peças relacionadas à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial?
Para aproximar a prática da teoria, a professora apresentou algumas fotografias do museu e comentou mais uma vez como aconteceu a decisão de levar os brasileiros ao conflito. Depois de contextualizar a série de eventos, eles deveriam se perguntar sobre a importância do museu na produção de uma "memória histórica". Muitos estudantes se manifestaram e se voltaram aos seus relatórios nas questões 2 e 3. Para a maioria deles, ficou clara a importância dos museus não apenas como exposições de objetos, mas o que revelam esses objetos e como estes se traduzem na construção de uma memória.
Referências
ALVES, Vagner Camilo. O Brasil e a Segunda Guerra Mundial: historia de um envolvimento forçado. São Paulo: Loyola, 2002.
FAUSTO, Bóris. Getulio Vargas: o poder e o sorriso. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
FERRAZ, Francisco C. Brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. São Paulo: Papirus, 2005.
LE GOFF, Jacques Le Goff. História e memória. São Paulo: UNICAMP, 2000.
OLIVEIRA, Dennison. Os soldados alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Curitiba: Jurá Editora, 2008.
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